Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Desamparo aprendido

Um canto criado em 25/04/2018



Hoje, impossível falar e mesmo ouvir
Te amo, te quero, não consigo nem sair
Do lugar em que estou pra ficar bem, ao seu lado.
Tudo cinza e sem cores, tudo estranho e errado.
O mundo que conheço se desmancha à minha volta.
Olho as pessoas, em seus olhos só revolta,
Devolvem o olhar, olhos de peixe morto,
Sem vida, sem brilho, sem tudo, tudo torto.
Aqueles que esperamos fazer o que queremos
Só fazem o querem, só pensam em si mesmos.
Porta vozes da nação, de um povo sem noção
Prometem muitas coisas, todas, ilusão.
Leis sem razão condenam o vilão.
Vilão que foi herói?! Que zona essa nação!
Em 11 de setembro, um par de torres foi ao chão,
Aqui em nossas terras, são 3 torres, só que não.
Não, não foram, mas deviam ir,
Poderes ilegítimos, já foi, têm que cair.
Eu fico aqui parado, não consigo nem andar,
Olhando, desamparado, aprendi a aceitar
Que a justiça que é cega não vê o mal que faz
E a balança da igualdade pesa igual até demais.
Pensando nisso tudo e olhando pra nós dois,
Não sinto mais vontade, agora, só depois.
Depois de tudo pronto, depois de tudo feito,
Não dá pra fazer nada, agora não tem mais jeito!
Rá, fazer o quê? O agora não tem jeito!
Rá, fazer o quê? O agora não tem jeito!
Rá, fazer o quê? O agora não tem jeito!
Não tem jeito, não tem jeito, não tem jeito mais nãããão...
(Tá tudo acabado, meu irmão!)