Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Deixe pra depois*

Um canto criado em 02/05/2012

Não, não chore não
Não diga não
Não me deixe só na solidão

Não, não siga não
Não me tire o chão
Fique comigo mais um pouco
Vamos saltar junto na vida
Nada que seja muito louco

Há tanto pra se viver
Pra se sonhar
Pra sermos sós no mundo

Venha, o que é que há?
Vamos tentar
Em vez de um, seremos dois
Que a ilusão não está perdida
Deixe para partir depois


*In memorian. Hoje alguém que caminhou por 104 anos sobre a Terra, finalmente, dormiu o sono eterno. Morre meu avô, uma pessoa por quem nutria profundo respeito e admiração, um excelente violonista (ou seria mais apropriado, violeiro?!) com quem tive a oportunidade de aprender alguns acordes...é para ele que ofereço o poema acima. Bons sonhos, meu avô, descanse em paz!