Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Culpa

Um canto criado em 27/08/2013


Nada é tão trivial quando o amor
Proclamado e sussurrado no suor
É ele também ungido clamor
D’uma alma que solfeja em ré menor.

E daquilo que culpo, me desculpo,
Responsabilidade infligida compartilho.
Que venha à minha mente o que procuro,
Momentos, desejos, sussurros gemidos.

Pois, se a distância esvanece as incertezas,
O olho que se fecha vê melhor,
Não há mágoa, não há dor posta à mesa,
Onde, sem culpa, nos sentamos ao redor.

As palavras elevadas de seu leito,
Embebidas, mergulhadas em caro vinho,
São ouvidas e sentidas dentro do peito,
Mas compreendidas e acolhidas com carinho.