(Walner Mamede – 2017)
É meu amor há muito tempo
Na minha vida é o único,
As outras que experimento
São legais, mas não é muito
Ela não é mais tão novinha,
É mais pesada do que devia
Tudo frouxo com a idade
Balança toda e, quando anda,
Treme, estrala, range e chia.
Já está até meio cansada,
Não aguenta muito esforço
E se na hora do aperto
Exigir mesmo, pra valer
Pede arrego, engasga e morre
E não tem mais o q fazer.
Mas já disse o poeta:
A idade da panela
Num atrapalha a comida.
Ela é minha e eu sou dela
E nas estradas dessa vida
Já rodamos muito juntos
Só com ela me encontro,
E sinto mais meu coração,
Até pode estar velhinha
Mas dela não abro mão.
(Uma singela homenagem à minha querida moto)