Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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domingo, 30 de maio de 2010

Razão e Infelicidade

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Um canto criado em março/2006
Razão e Infelicidade
(Walner Mamede Jr)

Quero abandonar a razão
Essa que se impregnou a mim
Como o mal, cheiro nauseabundo da morte.
Entregar-me à paixão desarrazoada,
À ignorância, cárcere da felicidade.
Aprazeirar-me de ver algo de certo
Na luxúria e no pecado sem o vicio do entendimento.
Desejo usufruir do belo nas sensações do mundo
À contemplação da beleza que flui na eternidade,
Unir corpo e espírito na alegria de sentir.
Mas que sou eu senão aquele que pensa
Na ilusão de transformar o chão
Em algo mais macio e confortável
Aos corpos depositados pela exaustão?

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