Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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domingo, 30 de maio de 2010

Paradigmas*

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Um canto criado em Fevereiro/2006

Paradigmas*
(Walner Mamede Jr)

Que sejam escolhidas
Perguntas incertas
Às respostas já dadas,
Pois que estas,
As respostas tiranas,
Já prontas, velhas,
Não ouvem, são surdas,
Alheias às coisas perguntadas

Fizeram-me pensar: só se ama um por vez,
Fizeram-me acreditar: trinta dias tem o mês.
Contaram-me contos que me mostram o que sou,
Mostraram-me pontos que me contam aonde vou.
Jogaram minha vida como pedras...tão banal,
Usadas como contas em um jogo sem final.
Não há nenhum sentido no que a vida me propôs
E aquilo que eu quero, não faço agora, só depois

Fizeram-me amar sem pensar por uma vez:
O final de toda conta não se encontra no fim do mês,
Um jogo não dá pontos quando conto o que sou
E só há pedras no caminho se o que quero é aonde vou.
Mostraram minha vida em um conto tão banal
E aquilo que proponho quando faço é tudo igual

Jogaram minha vida como pedras num quintal,
Usadas como contas em um jogo desigual.
Não há nenhum sentido no agora, só depois
E aquilo que eu quero, nem a vida me propôs.

(*Origem da música "Paradigmas")


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