Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Trilha do vento

Um canto criado em 1999


Trilha do vento
(Walner Mamede Jr)

Navego esquecido a estrada do vento,
Vagando sem rumo por mundos antigos,
Levando comigo a idade do tempo
Em tempos de luto por dias perdidos.

Eu trago da fonte o que a fonte me cede,
Buscando nos cantos o canto dos loucos
Que fala da morte que à vida precede
E toca com um sopro a alma de poucos.

Caminho num mar de águas praieiras,
Que viram em ondas o som do luar,
Morrendo em ilhas de velhas palmeiras
De folhas vergadas ao toque do ar.

Me encontro, por vezes, em rotas trilhadas
Por bravos guerreiros de guerras sem fim
E enfrento a existência em longas jornadas,
Pertenço ao mundo e ele à mim.


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