Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Vazio II

Um canto criado em fev/2014

A corda se partiu e no vazio se agita
Estou caindo? O chão, onde está?
O abismo me engoliu e agora me vomita
O que será de mim sem você a me olhar?

Nada do que já tive mais me espera
A chama da coragem abandono
Murcharam as flores na primavera
As folhas caem, é nosso outono

O ar escorrega e afunda o horizonte
No egoísmo do meu próprio desejo
O vazio que me acolhe e me esconde
É a fonte maldita de todo meu medo

Uma palavra para cada mil silêncios
É nosso inverno de lembranças
Aos meus pés, agora, suspensos
Na covardia que guia essa dança

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