Conto um, conto dois...quantos cantos têm a mim! Conto muitos como muitos e tantas vezes e, tantas contas que nem tenho mais conta de quantos contos ainda sou! Cantamos o que damos conta, o que vemos e o que ouvimos, o que nos dizem e o que nos mostram e adiante nós seguimos como conhecedores de nós mesmos. Pedaços é o que somos e, como pedaços, precisamos ser juntados, mas o inteiro que podemos ser jamais será descoberto, difícil ser arrebanhado.

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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Janela da alma

Um canto criado em jul/2006


Janela da alma
(Walner Mamede Jr.)

Eis que, pela janela, contemplo o mundo,
Não outro, se não o meu próprio.
Por ela olho dentro de mim mesmo
E, a mim, parece confuso o lá de fora.
Seguro em meu passado
Como um navio à sua âncora
E, parado, permaneço, não vôo.
A terra correndo por sob meus pés.
Outros seguem em suas ondas,
Passado, fico olhando a janela
Como um navio que olha sua âncora.

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