Um canto criado em 15 de set de 2014
Desejo tua carne, teu sangue, teu corpo, tua alma.
Dê-me-os por alimento e vou sufocá-la,
Meus dedos em tua goela,
Meus olhos injetados fixos nos seus
Enquanto me derramo para dentro de ti
E desapareço por entre as frestas
De tuas lembranças mais úmidas e latejantes,
Pois sou o que há de mais triste e profundo.
Sou aquele que bebe o próprio sopro da vida.
Sou o desespero de quem perdeu o brilho da razão,
O infarto dos corações despedaçados pela dor,
A besta que caminha sobre os corpos caídos na batalha.
Estou em tudo e em todos, em nada e ninguém.
Sou deus, anjo e demônio.
Uns me chamam 'ódio', outros me chamam 'amor'.
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