Um canto criado em 27/08/2013
Nada é tão trivial quando o amor
Proclamado e sussurrado no suor
É ele também ungido clamor
D’uma alma que solfeja em ré menor.
E daquilo que culpo, me desculpo,
Responsabilidade infligida compartilho.
Que venha à minha mente o que procuro,
Momentos, desejos, sussurros gemidos.
Pois, se a distância esvanece as incertezas,
O olho que se fecha vê melhor,
Não há mágoa, não há dor posta à mesa,
Onde, sem culpa, nos sentamos ao redor.
As palavras elevadas de seu leito,
Embebidas, mergulhadas em caro vinho,
São ouvidas e sentidas dentro do peito,
Mas compreendidas e acolhidas com carinho.
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